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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Forças leais a Ouattara invadem palácio de Laurent Gbagbo

Veja.com
(http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/forcas-leais-a-ouattara-invadem-o-palacio-de-gbagbo)

Internacional

06/04/2011 - 09:32


Costa do Marfim


ONU e França pressionam para que presidente de mandato vencido deixe poder


As forças leais a Alassane Ouattara, que reivindica a vitória nas eleições da Costa do Marfim, invadiram a residência do presidente com mandato vencido Laurent Gbagbo, numa tentativa de fazê-lo entregar o poder. A informação foi revelada por um porta-voz de Ouattara, Affousy Bamba. As negociações para persuadir Gbagbo a deixar o cargo atingiram um impasse no início desta quarta-feira, após ele resistir às pressões da Organização das Nações Unidas e da França para assinar um documento em que renuncia às suas reivindicações.

Em tom desafiador, Gbagbo negou estar disposto a se render, apesar de um violento ataque de forças leais a Ouattara, cuja vitória na eleição presidencial de novembro foi reconhecida pela ONU. Falando à rádio francesa RFI, Gbagbo desmentiu que estivesse negociando sua saída. "Não estamos na fase de negociações. Minha saída de onde? Para onde?", questionou.

Segundo Affousy Bamba, as forças de Outtara estão em processo de entrar na residência para prender Gbagbo. "Eles ainda não o pegaram, mas estão no prédio." Uma fonte do governo francês afirmou que os combates começaram após Gbagbo mostrar que não estava disposto a negociar com mediadores que tentavam convencê-lo a deixar o poder. "Ele não é sincero em sua disposição de negociar sua saída", acrescentou a fonte.

Mais cedo, um conselheiro de Gbagbo, Toussaint Alain, afirmou que a residência do líder estava sendo bombardeada pelo Exército francês e pelas tropas da ONU, negando ainda que Gbagbo estivesse refugiado em um bunker ou disposto a se exilar. A França, ex-potência colonial, confirmou que os combates aconteciam em volta da residência de Gbagbo em Abidjan, mas garantiu que as tropas francesas que estão na cidade não estavam envolvidas.

(Com agências Reuters e EFE)


Tags: ⁠ costa do marfim, gbagbo, guerra, ouattara


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