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Opinião do Blog:
Não é petróleo, mas é também "ouro negro"!
Ricardo Bampa - Qua, 6 Abr, 2011 | 21:22:09
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Estadao.com.br
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02 de abril de 2011 | 0h 00
Ana Conceição - O Estado de S.Paulo
Os preços do cacau subiram na Bolsa de Nova York diante do impasse na Costa do Marfim, onde o presidente de facto Laurent Gbagbo se mantém no poder, apesar de todos os esforços para que renuncie. O contrato maio subiu 2%, para US$ 3.011 por tonelada. Enquanto a situação não se resolve, as exportações continuam suspensas, o que valoriza os preços da amêndoa, já que o país é o maior fornecedor mundial do produto.
A tensão política na Costa do Marfim vem aumentando desde dezembro, quando Gbagbo se recusou a deixar a presidência, apesar de ter perdido as eleições para Alassane Ouattara um mês antes. Ouattara mandou suspender as exportações de cacau em 24 de janeiro, num esforço para reduzir os recursos de Gbagbo. Já falta cacau no mercado e, na sexta-feira, a Barry Callebaut, maior fabricante de chocolate do mundo, informou ter intensificado a busca pela amêndoa em outros países. A produção da empresa também foi desviada da Costa do Marfim para outras nações como Brasil e Camarões.
Na Bolsa de Chicago, as cotações do milho voltaram a disparar por causa da queda de 15% nos estoques dos Estados Unidos, informada pelo governo na véspera. O contrato maio subiu 6,17%, para US$ 7,36 por bushel. O recuo no volume de grão armazenado no país mostrou que mesmo os altos preços do milho não estão reduzindo a demanda. As cotações acumulam alta de 85% em 12 meses.
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