Blog do Álvaro Dias
(http://www.blogalvarodias.com/2010/12/reforma-politica-deve-ser-prioridade-no-proximo-ano/)
No discurso de hoje, fiz um balanço do último processo eleitoral. Apesar de termos aprovado mudanças na legislação, verificamos muita corrupção e orçamentos engordados das campanhas. Isso reforça a tese de que responsabilidade prioritária do Congresso Nacional, a partir do próximo ano, é a reforma política, que interessa ao país mais do que aos políticos. Essa reforma beneficia o País, sobretudo se conferirmos à Nação um modelo capaz de reduzir a incidência da corrupção no processo eleitoral, já que a corrupção na administração quase sempre começa nas campanhas eleitorais. As coligações são absurdas, os candidatos são frutos do marketing, não se valoriza o programa partidário, não há ideário, os programas são constantemente rasgados e atirados na lata do lixo da história política brasileira e aqueles que respeitam o programa acabam sendo, até em determinados momentos, mal interpretados. Esperamos que a Presidente eleita, Dilma Rousseff, possa ter esse interesse porque a Reforma Política foi um compromisso assumido durante a campanha eleitoral.
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13/12/2010 - 17h16
Alvaro Dias cobra de Dilma realização da reforma política
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cobrou nesta segunda-feira (13) da futura presidente da República, Dilma Rousseff, o cumprimento de sua promessa de campanha de realizar a reforma política já no início da próxima legislatura. Para o senador, a reforma deverá ser articulada pela presidente, sendo o processo conduzido pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.
- Dizem que defendemos a reforma que interessa a nós [oposição], não é o caso. Sobretudo, se [a reforma] fornecer ao país um modelo que diminua a corrupção que quase sempre começa nas campanhas eleitorais. A reforma política, portanto, é indispensável - defendeu, em pronunciamento.
Alvaro Dias afirmou que as eleições de outubro foram as mais corruptas de que já teve notícia. Declarou-se contrário às coligações partidárias, especialmente nas eleições majoritárias, que, avalia, visam obter mais tempo de exposição dos candidatos no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. O senador acredita que tais coligações favorecem "os partidos poderosos".
O parlamentar disse que o eleitor acaba sendo prejudicado no modelo eleitoral atual, por exemplo, ao votar no candidato a deputado federal Tiririca (PR) e eleger, sem o seu conhecimento, o ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PDT), enfatizando que eles nada têm a ver um com o outro.
Programa partidário esvaziado
Na opinião de Alvaro Dias, a reforma política também poderá reverter o processo de desvalorização do programa dos partidos, que tem levado o eleitor a confundir a ideologia das agremiações. O senador disse que muitas vezes o eleitor do PSDB vota no seu candidato acreditando que está votando em partido de direita ou então aposta em candidato do PCdoB ignorando tratar-se de agremiação comunista.
- Não se valoriza o programa partidário, não há ideário; os programas são rasgados e jogados ao lixo da política brasileira, e os que respeitam o programa são muitas vezes mal interpretados e punidos por isto - lamentou o parlamentar.
Apartes
Papaléo Paes (AP), colega de partido de Alvaro Dias, criticou o PT que, uma vez tendo chegado ao poder, para atender aos aliados, passou a ignorar seu programa partidário.
Acir Gurgacz (PDT-RO) salientou que o abuso do poder econômico verificado nas campanhas eleitorais dá início ao ciclo de corrupção já no processo eleitoral. Ele ponderou que a reforma política realizada pelo Congresso Nacional não atendeu aos anseios da população, sendo necessária uma reforma mais ampla que inclua elementos como o financiamento público de campanha e a concretização do desejo do eleitor.
Ao encerrar seu pronunciamento, Alvaro Dias lembrou que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) apresentou proposta de emenda à Constituição (PEC 29/07) extinguindo a coligação nas eleições proporcionais, que aguarda votação em Plenário. Lembrou ainda de proposta sobre a cláusula de barreira ou de desempenho, apresentada por Marco Maciel (DEM-PE).
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