8 de dezembro de 2010 - 12h15
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Por Agências
A Nintendo enfrenta uma árdua batalha para estimular seu crescimento diante de rivais que tomaram a liderança nos videogames com controle por movimentos e que tiraram a empresa da posição que ocupava há muito tempo.
Além disso, a companhia ainda enfrenta a concorrência dos celulares inteligentes e dos computadores tablet que está abalando o mercado dos videogames portáteis.
Microsoft e Sony estão atraindo os adeptos casuais e radicais dos videogames com uma nova geração de acessórios para consoles, enquanto o Apple iPad é imenso sucesso de vendas.
A Nintendo, cujo nome significa “deixe a sorte para o céu”, é a única das grandes empresas do setor a não ter hardware novo e importante a oferecer nesta temporada de festas.
A empresa está apostando em um portátil que permitirá jogar em 3D sem óculos especiais, o 3DS, que será lançado no final de fevereiro no Japão e em março nos Estados Unidos, mas já não lidera sozinha o mercado.
“Os usuários dispõem de gama crescente de opções. Já não se trata mais de apenas a Nintendo”, disse Mitsushige Akino, administrador chefe de fundos na Ichiyoshi Investment Management, que não detém ações da Nintendo.
“Dentro desse mercado fragmentado, eles não poderão mais manter a participação que tinham no passado, e suas margens serão menores”, acrescentou.
Depois de três anos de lucros recorde, até março de 2009, as margens da Nintendo se deterioraram de maneira acentuada e a empresa previu que no ano fiscal que se encerra em março de 2011 seu lucro será o mais baixo em cinco anos.
Isso marca o retorno ao nível vigente antes que o presidente-executivo Satoru Iwata, antigo projetista de videogames, lançasse o Wii e expandisse a população de usuários de jogos eletrônicos, derrubando a Sony da liderança do setor.
Novas edições de séries importantes de jogos, como Halo Reach, da Microsoft, e o Gran Turismo 5, da Sony, também conquistaram as manchetes, e os analistas afirmam que falta à Nintendo um título atraente, o que tradicionalmente sempre foi uma das grandes fontes de lucro na empresa.
/ Isabel Reynolds (REUTERS)
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