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quinta-feira, 17 de março de 2011

São Paulo tem epidemia de conjuntivite

Estadao.com.br
Jornal da Tarde
(http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/sao-paulo-tem-epidemia-de-conjuntivite/)

17 de março de 2011 | 23h03 |

Categoria: Saúde

Fernanda Bassette e Felipe Oda


A cidade de São Paulo vive uma epidemia de conjuntivite viral desde fevereiro. Segundo o Centro de Controle de Doenças (CCD) da Prefeitura, foram registrados 50.405 casos da doença em 45 dias, ou seja, são mais de mil casos por dia.

Segundo a Prefeitura, assim que o aumento foi detectado, os profissionais de saúde foram orientados a ampliar as ações de vigilância e um alerta foi enviado para escolas e creches com instruções sobre as condutas e medidas de controle.

A doença também passou a ser de notificação compulsória caso a caso. Isso significa que todos os serviços de saúde do município, particulares ou públicos, foram obrigados a informar os registros individualmente. O pronto-socorro oftalmológico da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, está atendendo cerca de 400 casos da doença por dia – o esperado eram 60.

No Hospital das Clínicas, são ao menos 300 novos casos diariamente, o triplo do esperado para o período. Na Santa Casa, cerca de 70% dos 330 atendimentos diários são por causa da conjuntivite. No Hospital Beneficência Portuguesa foram notificados 114 casos apenas nos primeiros 15 dias deste mês.

O garoto Ian Mota dos Santos, de 8 anos, foi um dos paulistanos acometidos pela doença. Agora, a mãe dele teme que a caçula, de cinco meses, também seja infectada. "Digo para ele beijar os pezinhos dela, não as bochechas", conta Márcia Mota da Silva Arruda, de 32 anos. Ela acredita que o menino tenha contraído conjuntivite na escola.

Existem três tipos de conjuntivite: alérgica, provocada geralmente por uso de filtro solar na região dos olhos; bacteriana, que traz vermelhidão e coceira, além de uma secreção amarelada e grudenta; e a viral, a mais comum e contagiosa, que provoca coceira, vermelhidão e uma secreção aquosa. No caso da epidemia de São Paulo, os casos foram associados à forma viral da doença.

Segundo Milton Ruiz Alves, oftalmologista do Hospital das Clínicas e professor da USP, depois de instalado em um olho, o vírus demora cerca de 48 horas para passar para o outro. Depois disso, a pessoa doente ainda transmite o vírus por cerca de dez dias – daí o alto risco de contágio.

A contaminação pode ocorrer por meio da mão ou de objetos contaminados, como toalhas, talheres, sabonete, teclado de computador, telefone, corrimão e maçaneta. Também é possível transmitir a doença por meio de gotículas de saliva.

O vírus sobrevive por várias horas no ambiente, em superfícies – por isso, locais públicos, como metrô, ônibus e escadas rolantes, são locais com alto potencial de transmissão. "Imagine a pessoa que segura no corrimão da escada rolante e depois leva a mão ao olho. Se o corrimão estiver contaminado, certamente ela vai se infectar", diz Alves.

Nos casos mais graves, a evolução é lenta e a cura pode demorar até três semanas. Em quadros mais leves, o problema pode regredir sozinho em dez dias. Não há remédio para a doença. A única alternativa é reduzir o desconforto, com compressas de água fria para diminuir o inchaço. Em casos mais complicados, recomenda-se o uso de colírio com antibiótico.

Segundo a oftalmologista Elisabeth Nogueira Martins, da Unifesp, as pessoas não devem usar água boricada nem soro fisiológico para fazer a compressa. "Eles aumentam o risco de irritação e de contaminação, porque são embalagens grandes que não são descartadas na hora", explica.


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