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Opinião do Blog:
Obama got Osama! #Obama2012
Ricardo Bampa - Dom, 14 de ago de 2011 | 21:09:02
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Recessão econômica, embate para ampliar teto da dívida e incertezas no Afeganistão custaram ao presidente 8 pontos de sua aprovação popular, mas democrata teria 45% das intenções de voto diante dos 39% dos republicanos
13 de agosto de 2011 | 21h 00
Estadao.com.br
(http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,apesar-da-sequencia-de-crises-obama-ainda-e-favorito-para-eleicao-de-2012,758167,0.htm)
Denise Chrispim Marin - Correspondente
WASHINGTON - Desde o início de maio, quando anunciou a morte de Osama bin Laden, responsável pelo maior ataque terrorista aos EUA, o presidente americano, Barack Obama, perdeu oito pontos de sua popularidade ao tentar desarmar uma sequência de "bombas" políticas e econômicas capazes de levar o país a uma nova recessão e a uma situação mais crítica no Afeganistão.
Ainda assim, continua como favorito para a eleição presidencial de 2012. Obama enfrentou uma crise de confiança com o Paquistão - supostamente, um dos maiores aliados dos EUA na luta contra o terror. Ela ainda persiste. Teve de engolir um acordo insatisfatório sobre a dívida federal e o ajuste fiscal, formulado sob as armas políticas do Tea Party, a extrema direita do Partido Republicano.
Obama ainda amargou, no dia 5, a primeira redução da nota de crédito dos Estados Unidos pela Standard & Poor's. No dia seguinte, 30 soldados americanos morreram durante ataque do Taleban contra um helicóptero dos EUA no Afeganistão. O republicanos aproveitaram cada episódio para disparar torpedos contra o presidente.
Obama manifestou-se em público apenas no dia 8 e, com isso, deu margem às críticas à falta de habilidade de comunicação da Casa Branca. Sua disposição ao diálogo cordial com a oposição virou munição para o fogo amigo democrata, assim como seus ataques sempre indiretos aos republicanos.
Omissão. Para Robert Pastor, diretor do Centro de Estudos Americanos da American University, Obama ainda paga por não ter adotado um plano econômico mais vigoroso em 2010. Essa omissão resultou em sua ampla derrota na eleição para o Congresso no ano passado.
Com 50% de popularidade após comandar à distância a caça a Bin Laden, Obama estava com 42% de aprovação no fim de julho, segundo o instituto Gallup. Foi sua pior avaliação desde os 66% registrados na época de sua posse, em janeiro de 2009.
De acordo com Jeffrey Jones, editor sênior de pesquisas do Gallup, a crise econômica tem sido a principal força que empurra a popularidade de Obama para baixo e será um fator que definirá sua reeleição, em novembro de 2012.
Thomas Mann, analista do Brookings Institution, concorda. "Obama, como muitos presidentes, é o responsável pela economia sem ter muito poder para lidar com ela", disse Mann. "Os candidatos republicanos são fracos e o Tea Party está perdendo popularidade. A liderança de Obama é algo marginal. O que põe em risco a reeleição é a saúde da economia."
Mesmo com a ameaça de recessão, Obama tem 45% de intenções de votos, segundo pesquisa do Gallup realizada entre os dias 4 e 7. Qualquer republicano que venha a ser seu concorrente tem hoje 39% dos votos. Até a eleição, 15 meses terão passado e tudo pode acontecer.
Segundo Lawrence Korb, do Center for American Progress, não há dúvidas sobre o impacto negativo do ataque do Taleban na popularidade de Obama. No entanto, para ele, a política externa dos EUA está retornando a um padrão "normal", depois de 22 anos, e não deve ser foco de tensão.
Dinheiro. De acordo com Korb, um novo fato pode ajudar o presidente. A equipe de Obama viu na decisão da diretora de cinema Kathryn Bigelow - que lançará o filme Kill Bin Laden em 12 de outubro de 2012 - uma grande oportunidade para aumentar a popularidade do presidente no mês anterior ao das eleições.
Segundo Jeffrey Jones, demonstrações de liderança sempre caem bem entre o eleitorado americano. Obama tem também a vantagem financeira de ter saído na frente na arrecadação de fundos para a campanha ao lançar sua candidatura em abril.
Até o início de junho, Obama tinha arrecadado US$ 86 milhões. Segundo Mann, do Brookings Institution, dinheiro não garante a reeleição, mas ajuda na competição.
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