Animais são caçados para retirada do chifre, vendido para mercado da Ásia.
Desde janeiro, já são 287 mortes na África do Sul; em 2010 foram 333.
A África do Sul e o Vietnã anunciaram nesta quarta-feira (28) que firmaram um memorando de cooperação para combater a matança de rinocerontes, caçados ilegalmente devido ao comércio de chifres no mercado negro da Ásia.
"Preservar a biodiversidade é um círculo virtuoso que vai dos países de origem aos países de destino", destacou Nguyen Trung Kien, conselheiro da embaixada vietnamita em Pretória, capital sul-africana, durante conferência de imprensa.
"Devemos fazer com que a opinião esteja mais atenta à biodiversidade. Também devemos nos despir da falsa ideia de que o chifre de rinoceronte pode curar o câncer", complementou.
Sem prazo
O acordo de cooperação ainda não tem data para que as medidas de cooperação entre as polícias, serviços secretos e o controle da caça ilegal sejam iniciadas.
Desde o início do ano, ao menos 287 rinocerontes foram sacrificados ilegalmente, apenas com o objetivo de retirar o chifre e vendê-lo ao mercado de medicina tradicional da Ásia.
Se a morte destes animais seguir neste ritmo, especialistas afirmam que a manutenção da população dos rinocerontes ficará ameaçada nos próximos dois anos. Em 2010, foram registradas 333 mortes de espécimes, contra 13 no ano de 2007.
Chifres cortados
Para conter o avanço do crime ambiental, veterinários estão serrando os chifres de rinocerontes por meio de cirurgia, para evitar a extinção da espécie.
Desde abril, os soldados do exército regular sul-africano estão mobilizados no Parque Nacional Kruger, ao longo da fronteira com Moçambique, para tentar salvar a espécie da extinção. Em março, mais de 40 rinocerontes foram mortos. Os caçadores abandonaram as táticas primitivas e passaram a invadir o parque com rifles militares e óculos de visão noturna.
* Com informações da France Presse e Reuters
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