(http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ouattara-inicia-governo-na-costa-do-marfim-apos-fracasso-em-negociacoes,703118,0.htm)
Presidente eleito pede calma à população e promete 'retorno à normalidade e a democracia'
07 de abril de 2011 | 17h 26
ABIDJÃ - O presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, disse nesta quinta-feira, 7, em discurso transmitido em rede nacional, que os esforços para resolver a crise política do país africano diplomaticamente falharam. Confirmando o cerco a Laurent Gbagbo, líder de facto que se recusa a deixar o poder, Ouattara sugeriu que iniciará seu período de governo e pediu a união da população para "construir um grande país".
No pronunciamento, Ouattara pediu calma à população e aos militares. Ele ainda afirmou que alguns aliados de Gbagbo estão trocando de lado e acusou "mercenários" de criar um clima de medo no país. Ele também confirmou o cerco contra o líder de facto marfinense e o culpou pela crise humanitária em Abidjã. "Foi estabelecido um bloqueio em torno de Gbagbo, os conflitos serão abrandados a partir de amanhã. Essa decisão prioritária vai assegurar a paz passada a crise pós-eleitoral", disse o presidente.
O presidente eleito afirmou que pediu aos bancos que reabram para que os salários voltem a ser pagos e solicitou à União Europeia que as sanções sobre os portos de Abidjã e San Pedro sejam levantadas para que os terminais possam operar com capacidade total. "Essas decisões têm um objetivo - o de manter a população segura, a recuperação das atividades econômicas e o retorno da normalidade".
"Vamos trabalhar juntos com toda a nossa energia, reconstruir o país, restaurar a democracia da Costa do Marfim. Prometi que lhes daria um grande país em cinco anos. Juntos, conseguiremos isso", finalizou o presidente, sinalizando que iniciará seu governo mesmo com a tensa situação pela qual o país passa.
A Costa do Marfim vive uma profunda crise desde novembro do ano passado, desde quando Laurent Gbagbo, o então líder marfinense, recusa-se a reconhecer sua derrota nas urnas e a deixar o poder. Aliados de ambos os políticos passaram a se enfrentar nas ruas de Abidjã, a maior cidade do país, e teve início uma guerra civil.
Gbagbo está no poder desde 2000. Seu mandato acabou em 2005, mas o pleito foi adiado para 2010 devido à instabilidade política que a Costa do Marfim vivia. Agora, o país está mergulhado em uma onda de violência. Estima-se que mais de um milhão de marfinenses já deixaram o país.
Tópicos: Costa do Marfim, África, Gbagbo, Ouattara, Conflitos, Internacional, Geral
Enviado pelo meu aparelho BlackBerry® da Vivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário