Autor de imagem icônica da guerra do Vietnã, Malcolm Browne morre aos 81 anos
Fotógrafo, que sofria de Mal de Parkinson, trabalhou no New York Times e na Associated Press
RIO - Ex-correspondente de guerras pela agência Associated Press e pelo jornal "The New York Times", o fotógrafo Malcolm W. Browne morreu na segunda-feira (27) aos 81 anos. Ele foi o autor da imagem icônica de um monge em chamas no centro de Saigon (hoje Ho Chi Minh, no Vietnã) em 1963, que fez a Casa Branca reavaliar sua política no conflito contra o país asiático.
Browne sofria de Mal de Parkinson desde 2000 e passou seus últimos anos em uma cadeira de rodas. Ele foi para o hospital de New Hampshire na segunda à noite já com dificuldades respiratórias.
Nascido em Nova York em 17 de abril de 1931, Browne passou cerca de 30 anos de suas quatro décadas de carreira trabalhando para "The New York Times".
Ele sobreviveu após ser alvejado três vezes em conflitos, expulso de seis países diferentes e ter seu nome incluído em uma "lista de morte" em Saigon.
Browne foi agraciado com o Pulitzer por sua cobertura no Vietnã em 1964. À época, ele trabalhava para a Associated Press.
Durante a cobertura em Saigon, diversos repórteres ocidentais foram alertados sobre um monge budista que pretendia atear fogo a si mesmo em praça pública em protesto contra o regime de Diem, que era pró-Catolicismo. Mas apenas Browne acreditou no aviso e foi ao local cobrir o ocorrido, no dia 11 de junho de 1963.
Browne será enterrado na propriedade da família em Vermont, segundo sua esposa Le Lieu, que o conheceu em Saigon.
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