4 empresas na corda bamba que
ainda são cobiçadas no mercado
Nesta semana, a Foxconn reiterou seu desejo de comprar participação na Sharp, mesmo depois de a companhia japonesa estimar prejuízo de mais de US$ 3 bilhões para o ano
Falidas, mas cobiçadas
São Paulo – Comprar uma empresa à beira da falência pode ser um bom negócio. Prova disso, é o interesse recente de algumas companhias em adquirir participação em empresas combalidas no mercado.
Nesta semana, por exemplo, a Foxconn manifestou interesse de abocanhar participação na japonesaSharp - mesmo com prejuízo estimado em US$ 3 bilhões para o ano
Recentemente, rumores de mercado afirmaram também que o Barclays estaria interessado em comprar o controle da falida Doux, na França.
As razões para justificar esse tipo de operação são inúmeras. Entre elas, o preço atrativo que companhias com problemas financeiros podem ter no mercado.
Veja quatro exemplos de companhias "quase falidas" que são cobiçadas:
Foxconn de olho na Sharp
No último domingo, Terry Gou, fundador da Foxconn, afirmou que mantém o interesse de comprar parte da combalida Sharp, mesmo depois de a companhia japonesa anunciar que pode ter prejuízo de mais de US$ 3 bilhões neste ano.
Segundo ele, a operação, no longo prazo, pode valer a pena. "Não estou olhando para os próximos três meses, estou olhando para os próximos 10 ou 20 anos", afirmou o executivo à agência de notícias internacional Bloomberg.
A proposta inicial era que o negócio fosse fechado por 67 bilhões de ienes (cerca de 850 milhões de dólares) por 10% das ações da Sharp.
A fabricante do iPhone e outros produtos da Apple pretende fechar o negócio até março do próximo ano.
Barclays de olho na Doux
A Doux, produtora francesa de aves e carne de frango processada, é outra companhia que, apesar de não viver sua melhor fase, continua sendo atraente no mercado.
No mês passado, informações divulgadas pela imprensa internacional afirmaram que o banco Barclays estaria interessado em comprar o controle da Doux.
O negócio teria por objetivo manter a Doux operando no mercado.
Caso a operação seja concluída, o Barclays vai ficar com 80% de participação na empresa e a Doux com o restante das ações.
Em junho, a Doux entrou em processo de recuperação judicial, depois de não ter conseguido chegar a um acordo com seus credores.
Kevork Djansezian/Getty Images/AFP
A cobiçadíssima American Airlines
A American Airlines entrou com pedido de concordada nos Estados Unidos, no fim do ano passado, para conseguir honrar suas dívidas no longo prazo.
Durante o processo de reestruturação, a terceira maior companhia aérea americana se comprometeu a continuar operando normalmente e interessados não faltam pela companhia.
Nesta semana, o International Consolidated Airlines Group (IAG), empresa criada a partir da fusão da Iberia e da British Airways, considerou comprar participação na companhia aérea.
Segundo o IAG, a operação visa garantir que a empresa americana permaneça na aliança One World.
Outra companhia interessada na American Airlines seria a US Airways, que avalia uma possível fusão com a companhia aérea.
Olympus e muitos interessados
Mesmo com todos os problemas de gestão e a fraude contábil na qual esteve envolvida, a Olympus é outra companhia desejada no mercado.
No ano passado, a Sony, a Fujifilm, a Panasonic e a Samsung mostraram interesse em comprar participação na companhia japonesa.
A justificativa das quatro empresas para fechar a operação era uma só: ganhar dinheiro com o braço de equipamentos de imagem para diagnósticos médicos.
Esse segmento é hoje o mais rentável da companhia - conhecida mundialmente no mercado pelas suas máquinas fotográficas.
Até o momento, no entanto, ninguém conseguiu fechar nenhum acordo com a Olympus e a companhia japonesa continua lutando para permanecer de pé no mercado.
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