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http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/08/conselho-da-aval-para-cobertura-para-estadio-do-morumbi.html)
28/08/2012 16h06 - Atualizado em 28/08/2012 17h14
Conselho dá aval para obra de cobertura do estádio do Morumbi
Decisão é do Conpresp, órgão de proteção do patrimônio histórico.
Vizinhos contestam projeto e pedem tombamento do espaço.
Projeto do São Paulo para o estádio, em simulação computadorizada (Foto: Reprodução/Divulgação) O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp) deu, na tarde desta terça-feira (28), aval para que o São Paulo Futebol Clube dê andamento às obras de cobertura do estádio do Morumbi. De acordo com a Prefeitura, a decisão foi tomada nesta tarde e os detalhes ainda não foram divulgados.
Com a obtenção do aval, o clube precisa agora apresentar o projeto e conseguir que a Prefeitura conceda os alvarás para as obras, segundo a assessoria da administração municipal.
Moradores do entorno contestam as modificações previstas no espaço e pedem, em ação no Ministério Público, o tombamento do estádio e de áreas no entorno. Além da cobertura, o projeto do São Paulo inclui uma área multiuso para até 25 mil pessoas, hotel e museu. Até por volta das 15h30, a assessoria do Conpresp não havia detalhado se a decisão do órgão também liberava o museu e o hotel.
Procurado pelo G1, o vereador Marco Aurélio Cunha (PSD), conselheiro do clube, confirmou às 16h30 que houve decisão favorável ao pedido do São Paulo e disse que a decisão refere-se apenas à cobertura. Segundo Marco Aurélio, o pedido de tombamento do estádio causou um atraso de 4 meses no início das obras.
O projeto da cobertura prevê o uso de estrutura metálica. Ela será suspensa por cabos para melhorar a acústica nos arredores do estádio, de acordo com o clube. O prazo de conclusão estimado é de 18 meses a partir do início das obras. A parceria foi assinada entre São Paulo e empresas em 20 de dezembro de 2011.
O projeto é de autoria da empresa Projeto Alpha Engenharia de Estruturas e será viabilizado pela construtora Andrade Gutierrez, que vai arcar com os custos da obra, estimados em R$ 150 milhões.
Cunha critica a ação movida pela associação de moradores da região. "Não consigo entender como alguém pode questionar esse tipo de melhoria arquitetônica e dizer que vai influenciar no trânsito", disse. Os moradores reclamam que com a cobertura o clube vai aumentar o número de shows realizados no local com a alegação de que o ruído será minimizado.
Moradores contestam mudanças
A Associação Sociedade Amigos da Vila Inah (Saviah) entrou com uma ação civil pública em 26 de abril pedindo o tombamento dos bairros City Vila Inah e Jardim Leonor, área que inclui o estádio Cícero Pompeu de Toledo, conhecido como estádio do Morumbi.
Segundo o morador Yves Jadoul, presidente da associação, o objetivo do pedido de tombamento é também uma forma de reforçar os termos de concessão que permitiram a doação da área do estádio ao clube. Os moradores argumentam que o local só deve ser usado para fins esportivos.
"Queremos que as leis sejem respeitadas na sua integridade para que os imóveis não percam o valor de mercado", afirmou.
Visão aérea do projeto, em simulação computadorizada (Foto: Reprodução/Divulgação)