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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Fotógrafo compra câmera em feira e acha fotos de família feitas há 20 anos





25/12/2015 18h44 - Atualizado em 25/12/2015 18h56

Fotógrafo compra câmera em feira e acha fotos de família feitas há 20 anos

Após contar história na internet, ele encontrou família de Juiz de Fora.
Câmera custou R$ 5; fotos mostram 1º Natal de casal com filha e parentes.

Roberta OliveiraDo G1 Zona da Mata

Câmera (dir) comprada em feira com fotos de família  (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)Câmera (dir) foi comprada em feira com fotos de família (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)

Ao publicar o apelo “Procuro uma família no Natal” nas redes sociais, o fotógrafo Bruno Guimarães, de João Monlevade, nem imaginava o desfecho da história. Ele comprou uma câmera antiga por R$ 5 numa feira livre, em Juiz de Fora, que continha um filme. Ao revelar, descobriu inúmeras fotos feitas há cerca de 20 anos, inclusive o registo do primeiro Natal de uma família.

Graças à publicação, após 2h30 de compartilhamentos, parentes e a própria criança - atualmente uma jovem de 20 anos - o encontraram. Agora, família e fotógrafo estão combinando de se conhecer pessoalmente para que Bruno entregue as fotos originais que foram "perdidas" pela família de Juiz de Fora.

Para o fotógrafo, a história começou há cerca de seis meses quando ele passou pela feira livre de domingo na Avenida Brasil, em Juiz de Fora, encontrou a câmera Kodak Instamatic 177XF à venda por R$ 10. "Era uma câmera muito semelhante ao modelo que meus pais tiveram quando eu era criança, uma Kodak Instamatic 155X. E eu coleciono, tenho entre 70 e 100 máquinas. Negociei com o vendedor e ainda consegui um desconto", explicou.

Foto encontrada em câmera comprada em feira  (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)Foto feita há 20 anos foi encontrada em câmera comprada em feira (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)

Sabendo que a câmera tinha um filme, tomou outras providências. "Este modelo protegia bem o filme, procurei um laboratório de confiança em Belo Horizonte e deixei para revelar. Quando as fotos foram entregues, levei um susto. Em um filme de 24 poses tinha a história de uma família, provavelmente do primeiro Natal de um casal com a filha. Tinha o pai, a mãe, a filha, a tia, primos em um clube e fotos de casa", disse.

Bruno esperou chegar um scanner que havia comprado e digitalizou e tratou todas as fotos. "Como havia imagens de Natal, resolvi divulgar o apelo agora para localizar a família. Eu queria descobrir a história das fotos. Mesmo depois que atualizei explicando que achei a família, ainda tem gente compartilhando e querendo saber o desfecho", afirmou Bruno.

Fotos perdidas
A menina nas fotos é a estudante de Serviço Social, Luciana Gomes Cataldi, 20 anos. A jovem juiz-forana foi apresentada às fotos da própria infância durante os compartilhamentos da publicação de Bruno Guimarães.

Foto de casal e filha em câmera comprada em feira  (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)Foto de casal e filha em câmera comprada em feira (Foto: Bruno Guimarães/ Arquivo Pessoal)

"A minha tia está nas fotos e uma amiga dela a marcou no post. Ela que me avisou. O fotógrafo também me achou e estamos conversando. Eu mostrei aos meus pais. Estamos todos muito surpresos. A gente não tinha essas fotos, porque ninguém sabia delas", contou.

Luciana contou que a câmera era do avô paterno e a mãe se desfez dela há alguns anos. "Ela se lembra de ter jogado a câmera fora, porque era antiga. Mas não sabia que havia um filme lá dentro. Ela nem está acreditando. Nunca imaginava que isso poderia acontecer", disse.

A universitária ainda não acredita nesta incrível recuperação de uma memória da própria infância e na repercussão da história nas redes sociais. "As fotos foram tiradas no Clube Bom Pastor, que fica perto de onde a gente mora. Além disso, algumas foram tiradas na casa da minha avó. Ainda temos a mesa e o relógio que aparecem nela. Se tornou algo muito grande, muitas pessoas me chamaram para falar delas", afirmou.

A universitária afirmou que a família vai deixar a câmera continuar na coleção do fotógrafo, mas aguada pelo encontro com Bruno Guimarães. "Ele disse que quer nos encontrar, que vai trazer as fotos impressas e vai tirar uma foto nova com todos nós para mostrar como estamos agora", explicou Luciana Cataldi.

Luciana Cataldi (Foto: Luciana Cataldi/ Arquivo Pesoal)Luciana Cataldi é a criança que hoje tem 20 anos (Foto: Luciana Cataldi/ Arquivo Pesoal)

Bruno Guimarães confirmou que pretende ir até Juiz de Fora para conhecer a família e entregar as fotos. "Isso é fotografia de verdade. Isso nunca aconteceu antes. Achar negativos, mas achar um filme que ainda tinha fotos! Um dos primos que aparece nem me pediu o arquivo digital, ele queria uma versão revelada e como tenho estúdio vou imprimir uma com alta qualidade para durar por muitos anos. Eu também quero conversar com a mãe. Já prevejo que vou ficar muito emocionado", afirmou.

E para quem se emocionou com o desfecho da história divulgada pelo fotógrafo colecionador, ele antecipa que novas buscas podem acontecer. "Na mesma feira, comprei outra máquina que tem filme. Ainda não revelei para saber o conteúdo", comentou.

Profissional do Instagram dá 4 dicas para não errar na fotografia




Profissional do Instagram dá 4 dicas para não errar na fotografia

REDAÇÃO EM 




Na fotografia não existe luz ou equipamento ideal, e sim um olhar que consiga perceber na cena mais simples uma imagem interessante. Para melhor aplicar o seu olhar, a escola online Saibalá convidou o fotógrafo e Instagrammer profissional Paulo Del Valle para dar quatro dicas de como utilizar o seu celular como uma verdadeira câmera profissional. Confira:

1) Mantenha a lente limpa

O acúmulo de gorduras e sujeira na lente da câmera atrapalha muito mais do que se imagina.

A grande maioria das pessoas limpa constantemente a tela do celular, mas sempre se esquece de limpar a lente da câmera. Um simples pano, ou camiseta resolve o problema.

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2) Evite usar o zoom

Ao contrário das câmeras convencionais, que têm zoom óptico, o zoom do celular é digital e, por isso, reduz significativamente a qualidade da sua imagem.

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3) Conheça os atalhos para acessar a sua câmera

Uma boa imagem aparece nos momentos mais inesperados e desaparece tão rápido quando apareceu.

Para não perder mais oportunidades, conheça bem todos os atalhos do seu equipamento.

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4) Use as duas mãos e o botão de volume para capturar

A maioria das pessoas segura o celular em uma mão e usa a tela para capturar. Evite!

Segure com ambas as mãos e utilize o botão de volume para capturar  a imagem. Suas fotos ficarão menos tremidas e melhor enquadradas.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Pesquisador brasileiro 'desvenda' história em músicas do Iron Maiden



Pesquisador brasileiro 'desvenda' história em músicas do Iron Maiden


  • 10 novembro 2015



Image captionO professor Lauro Meller analisou músicas do Iron Maiden que tratam de momentos históricos

No cockpit de um avião da Força Aérea Real, em alucinante perseguição pelos ares durante a Segunda Guerra, o piloto inglês mira o inimigo nazista e aperta o gatilho.

Num campo de batalha na Crimeia, em 1854, em meio ao cheiro de pólvora e à respiração dos cavalos, o soldado britânico cai paralisado e com a garganta seca ao ser baleado pelos russos. Dentro de uma fria cela medieval, o condenado à morte pela Inquisição descreve seus últimos momentos, enquanto aguarda pelo carrasco.

A presença de cenas da história mundial em músicas da lendária banda de heavy metal britânica Iron Maiden – que acaba de lançar um novo álbum e fará shows em vários países do mundo a partir de fevereiro – tornou-se alvo de pesquisa acadêmica no Brasil.

Nos artigos técnicos Temas Históricos em Canções do Iron Maiden, partes 1 e 2, Lauro Meller, doutor em Letras pela PUC de Minas Gerais e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), traça uma linha cronológica da Pré-História à Segunda Guerra Mundial com a análise minuciosa de sete músicas do grupo.

"O Maiden presta uma grande contribuição ao despertar a curiosidade do seu público, principalmente o mais jovem: as canções se tornam portas de entrada para outros conhecimentos", afirma o paraibano de 41 anos, que na UFRN coordena o Grupo de Estudos Interdisciplinares em Música Popular.

Ele ressalta que, desta forma, o sexteto britânico se distingue de boa parte das outras bandas de heavy metal, cujas letras abordam "violência, drogas ou mulheres, num ponto de vista quase sempre machista".

A análise de Meller não se restringe às letras. Guitarrista, violonista e baixista afiliado à Ordem dos Músicos do Brasil, ele destrincha linhas melódicas, arranjos, registros vocais, riffs e solos de guitarra – e como estes ingredientes musicais potencializam a mensagem de cada canção.

(Foto: Divulgação)Image copyrightDivulgacao
Image captionBruce Dickinson (o único de cabelo curto) e seus colegas de Iron Maiden lançaram novo disco

"O Maiden associa às letras o instrumental grandioso, próprio do heavy metal. É possível estabelecer paralelo entre o heavy metal e a música erudita, principalmente a do século 19 no sentido do volume sonoro 'poderoso' e dos temas de guerras", descreve o pesquisador, citando a Sinfonia 1812, escrita por Tchaikovsky em 1880, que retrata batalha travada entre França e Rússia, e ainda composições de Richard Wagner para orquestras com mais componentes do que era o padrão – aumentando, portanto, o "volume sonoro".

No álbum recém-lançado (The Book of Souls), chamou atenção do público e da crítica a faixa Empire of the Clouds, que mais uma vez narra um episódio histórico: desta vez, o acidente com o dirigível britânico R101, que caiu na França em sua viagem inaugural, em outubro de 1930.

Com 18 minutos, é a canção mais longa de toda a discografia do Iron Maiden, grupo com quase 40 anos de estrada. Além disso, de maneira inusitada para os fãs, mescla piano, violino e violoncelo às três guitarras, à dupla baixo/bateria e à potente voz do cantor Bruce Dickinson, autor da obra.

A canção inspirou Meller a decidir mergulhar, em 2016, na produção de um livro que incluirá análises desta e de outras músicas, além das sete que integram os artigos já produzidos e divulgados na íntegra na publicação técnica Revista Brasileira de Estudos da Canção.

"Vou ampliar os textos, de modo a publicar um trabalho de grande fôlego. O título seria Temas Históricos e Literários nas Canções do Iron Maiden, incluindo também faixas inspiradas na literatura", revela o estudioso, citando como um dos objetos do trabalho a antológica The Rime of the Ancient Mariner, lançada pelo Maiden em 1984 e baseada em obra do poeta romântico inglês Samuel Taylor Coleridge.

The Rime, com seus 13 minutos, era a mais longa faixa da banda até Empire of the Clouds.

"Será um projeto desafiador e importante, pois ainda não encontrei, principalmente em português, trabalhos de cunho acadêmico e analítico sobre a obra dessa singular banda, apenas biografias", explica o professor, que vai aliar o novo projeto ao pós-doutorado em música popular, a partir de janeiro, na Universidade de Liverpool, berço dos Beatles.

(Foto: Aerofilms: A History of Britain from Above)
Image copyright






Aerofilms l A History of Britain from Above
Image captionAcidente com dirigível R101 (na foto em voo teste sobre Londres, em 1929) é tema de nova música

Faixas analisadas

Sete canções foram escolhidas por Meller para os artigos já publicados, entre as inúmeras composições do Maiden com alusões históricas. Ficou de fora, por exemplo, Paschendale (2003), sobre uma batalha entre britânicos e alemães na Primeira Guerra Mundial.

Alguns episódios são contados em terceira pessoa. Outros, na "voz" de anônimos, o que "contribui para maior dramaticidade e faz o ouvinte sentir-se ‘na pele’ do personagem", observa o professor. Confira:

Quest for Fire (Busca pelo Fogo), 1983: narra como a fonte de luz e calor foi pivô de sangrentas batalhas pelas tribos pré-históricas.

Alexander the Great (Alexandre, o Grande), 1986: percorre a biografia do soberano da Macedônia, nos anos 300 a.C.

Invaders (Invasores), 1982: fala sobre as invasões dos vikings à Europa, entre os séculos 8 e 9.

Hallowed be Thy Name (Santificado Seja o Vosso Nome), 1982: trata das horas anteriores à execução de um herege pela Inquisição. Em primeira pessoa, leva o ouvinte para dentro da cela do condenado.

Run to the Hills (Corram para as Montanhas), 1982: traz duas óticas distintas – a dos homens brancos e a dos indígenase – durante as batalhas na época da ocupação da América do Norte (anos 1790-1850).

The Trooper (O Soldado), 1983: sobre a Batalha de Balaclava, da Guerra da Crimeia, envolvendo britânicos e russos, em 1854. Em primeira pessoa, um combatente da cavalaria inglesa desafia o inimigo, mas depois detalha a própria morte.

Aces High (Ases no Céu), 1984: Na introdução, ouve-se trecho do discurso de 18 de junho de 1940 do primeiro ministro britânico Winston Churchill, exortando os ingleses à batalha na Segunda Guerra. A canção descreve combate com a Luftwaffe de Adolf Hitler. Guitarras simulam, usando o efeito 'tremolo', o som dos 'mergulhos' das aeronaves. ____________________________________________________________________

Análise resumida da nova 'Empire of the Clouds', por Lauro Meller

A canção conta a história do dirigível R101, construído pelo governo britânico em 1929-1930, para deslocar dignatários aos recantos mais longínquos do Império. Era o maior dirigível do mundo e, tal como o Titanic, protagonizou uma catástrofe em sua viagem inaugural.

Em outubro de 1930, a caminho da Índia, atravessou, ao sobrevoar a França, uma forte tempestade, que arrancou o seu revestimento externo e deixou os reservatórios de hidrogênio desprotegidos. O consequente incêndio a bordo derrubou a aeronave.

A letra narra, passo a passo, a tormenta, o acidente e a desolação que se segue à morte de passageiros e tripulantes.

O letrista (Bruce Dickinson) opta por uma abordagem descritiva. Assim como no Paul McCartney de Penny Lane ou no Peter Gabriel de Get’em Out by Friday, é possível visualizar a narrativa, como se fosse um filme. O arranjo é construído de modo minimalista: os vários elementos vão sendo introduzidos paulatinamente. O acompanhamento musical "comenta" todas as etapas da narrativa.

À calmaria inicial, com destaque para piano, violino e violoncelo, seguem-se bateria e guitarras a pleno vapor, e a explosão da voz de Dickinson em registro médio-agudo, quando, por exemplo, a letra cita o gigantismo do R101, maior que o famoso cruzeiro Titanic. A voz pouco a pouco vai alcançando registros mais agudos, semioticamente representando a impaciência de uma tripulação que quer partir, mesmo com as condições adversas.

(Foto: Wikipédia)Image copyrightWikipedia
Image captionDirigível caiu em solo francês após pegar fogo durante voo em outubro de 1930

A voz atinge registro plenamente agudo, indicando uma gradual tensão, reforçada com a introdução de uma frase melódica repetitiva ao piano, que marca um diálogo entre um subordinado e o capitão. O primeiro diz que a aeronave jamais conseguirá cumprir o seu voo e o segundo insiste em prosseguir.

Na passagem, Dickinson dá voz aos anônimos da história e nos faz testemunhas desse diálogo em que a impaciência e a soberba, calcada na hierarquia, seriam responsáveis por uma tragédia.

Mais adiante, ouvem-se sequências de batidas executadas pela bateria, pelas guitarras e pelo baixo em sincronia, gradualmente tornando-se mais lentas e em desenho melodicamente descendente, como que transpondo, no plano musical, a curva também descendente da aeronave.

Na realidade, essas batidas (três curtas, três longas, três curtas) correspondem à sigla S.O.S. (Save our Souls ou Save our Ship), em código morse.

Aos 12 minutos e meio, os vocais retornam após uma longuíssima passagem instrumental, com versos cantados em registro agudo limite para o vocalista. Percebe-se sua dificuldade em atingir as notas mais altas, o que pode ser lido como uma limitação técnica, mas que contribui, semioticamente, para a construção da imagem de desespero em relação ao acidente.


sábado, 31 de outubro de 2015

Empatia: o processo de construção da confiança entre marcas e consumidores



Empatia: o processo de construção da confiança entre marcas e consumidores

29 de outubro de 2015 · Atualizado às 11h02






Por que conseguimos nos colocar no lugar de determinados personagens de filmes e sofrer, vencer, sorrir e até chorar junto com eles? Como expressar a forte sensação de aceitação quando alguém nos compreende sem nos julgar? Por que uma conversa sobre política deteriora rapidamente para um antagonismo raivoso? Tudo isso tem a ver com a Empatia, que é a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro e sentirmos as coisas da forma como o outro sente.

Analisar esse sentimento e sua relação com as marcas é o objetivo da segunda onda do Trusparency 2.0: Empatia, estudo proprietário da FCB Brasil, realizado em 2012 sobre a importância da transparência no discurso das marcas. Em parceria com a CO.R Inovação, consultoria de pensamento estratégico co-criativo, a agência passou meses mapeando a Empatia no Brasil para entender como a habilidade de enxergar o mundo com os olhos do outro cria oportunidades para uma comunicação mais próxima e até para a criação de produtos e serviços mais atraentes.

"Marcas e empresas também são influenciadas por esse movimento da empatia. Mais do que nunca, elas precisam se adaptar e quebrar as barreiras dos interesses políticos, ideológicos e econômicos enraizados por gerações. É um passo difícil, mas cada vez mais exigido pela sociedade", explica Pedro Cruz, COO e CCO da FCB Brasil.

 

Metodologia

A pesquisa Empatia: a habilidade fundamental para os novos tempos, foi realizada em duas etapas:

Qualitativa, com 80 entrevistas de rua na capital paulista, incluindo perguntas exploratórias sobre o tema, entendimento, percepção e compreenssão. Além de quatro entrevistas em profundidade com especilistas no tema, como a Antropóloga, Hilaine Yaccoub, o Cientista Social, Tulio Custódio, a Designer de Aplicativo Personal Heroes, Claudia Niemeyer e com Eric Eustáquio do Coletivo Utopia. 

Quantitativa, com 1.292 entrevistas online realizadas em todo o Brasil, sendo conduzida pelo Instituto Quantas - Pesquisa e Estudos de Mercado. O target foi a população brasileira, homens e mulheres com 18 anos ou mais, percentences as classes ABC.

A análise e conclusão dos dados foi conduzida por 10 profissionais da FCB Brasil e CO.R Inovação, especializados em planejamento estratégico, envolvidos em análise de dados secundários (desk research, livros, filmes e cases publicitários) e das entrevistas realizadas.

 

Resultados

O tema Empatia surgiu em uma das dimensões da confiança apontadas na primeira edição do Trusparency – a path to build a natural brand. Ela foi apontada com base neurocientífica, como sendo uma das cinco dimensões positivas do processo de construção de confiança.  A Empatia define-se pela capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. Esta é uma característica fundamental para marcas com consciência, que almejam desempenhar um papel sustentável nos dias de hoje.

"Estamos em um rápido processo de aumento da longevidade das populações e, para as marcas, isso significa que irão se relacionar com as pessoas por muito mais tempo", comenta Rita Almeida, sócia fundadora da CO.R Inovação. Rita afirma que as empresas precisarão adotar duas posturas pouco desenvolvidas hoje: a empatia e o pensamento a longo prazo. "Atualmente o que vemos é a maior parte das empresas resolvendo e oferecendo benefícios de curto prazo, com estratégias que partem das suas próprias metas", completa ao dizer ainda que o ponto de vista que coloca as pessoas como centro é o mais empático e favorável a ser adotado pelas empresas.

O estudo criou uma ferramenta para medir os diferentes níveis de envolvimento empático entre pessoas de diferentes raças, gêneros, idades, escolaridades, religiões e regiões geográficas. Assim, é possível estabelecer um ranking de Empatia de Marcas - o Empatiômetro -, onde será possível  avaliar o nível de percepção empática de marcas pelas pessoas, em categorias diversas.

Entre outras coisas, a pesquisa descobriu que o Índice de Empatia do brasileiro é alto, 70 pontos numa escala de 0 a 100. Enquanto isso, o Índice de Empatia de Marcas, nas três categorias pesquisadas - Cervejas, Carros e Bancos - é baixo, apenas 7 pontos.

A pesquisa concluiu que o segmento da população com menor índice de Empatia são os Homens, classe C2, moradores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, que possuem menos vínculos amorosos, sem filhos, pets e religião.

Este resultado mostra que o nível de satisfação pessoal com a vida tem uma correlação com o nível de empatia da pessoa. Uma hipótese é que a condição mais difícil de vida torna esse segmento menos propenso a se sensibilizar com os outros, e, consequentemente, ser menos empático.

Já as mulheres, na classe alta AB, do Sudeste e Sul Brasil, que possuem mais vínculos amarosos, com filhos, animais de estimação e religão, estão entre as pessoas mais empáticas. Mais uma vez, a satisfação, principalmente, com a vida pessoal tem relação direta com a capacidade de nos sensibilizarmos com o outro.

No entanto, 91% dessas mulheres acham que as marcas são muito mais empáticas com os homens em suas comunicações.

"Se a empatia é a capacidade de acolher o diferente, de se colocar no lugar do outro, é natural que as mulheres sintam que as marcas não as enxergam com propriedade", avalia Rita Almeida, da CO.R. "Historicamente o ponto de vista da comunicação é mesmo masculino. As marcas precisam ter a intenção de se colocarem verdadeiramente no lugar das mulheres, entenderem seu pensamento, desafios cotidianos e expressões para verdadeiramente estabelecer uma linguagem que se conecte com elas", pontua.

Em mundo mais pessoal, descobrir maneiras de aproximar as marcas dos sentimentos humanos ainda é um grande desafio. Pedro Cruz, completa: "Poucas agências apostam nessa relação entre marcas e consumidores, mas nós na FCB Brasil acreditamos muito nisso. Está mais do que na hora das marcas aprenderem a se relacionar com pessoas e não apenas com consumidores".

Redação Adnews

sábado, 17 de outubro de 2015

As 50 empresas mais inovadoras em relacionamento com cliente




As 50 empresas mais inovadoras em relacionamento com cliente



Apple: ela foi a melhor avaliada entre as 441 empresas participantes do estudo




São Paulo - A Apple é a empresa mais inovadora na hora de se relacionar com o consumidor no Brasil, segundo ranking da DOM Strategy Partners. A consultoria avaliou 441 grandes companhias de diferentes setores no país.

Foram analisados os produtos e serviços oferecidos, a interatividade no ponto de contato com o cliente, a interação online, os modelos de atendimento e a experiência de consumo, por exemplo.

O estudo foi elaborado entre maio e agosto deste ano e levou em conta a opinião de 2.500 consumidores e informações divulgadas pelas organizações em releases e relatórios a investidores, além de reportagens e pesquisas publicadas nos 12 meses anteriores.

O levantamento não valoriza apenas novidades tecnológicas, mas considera a atuação nessa frente importante para que uma empresa fortaleça a relação com seus públicos.

A inovação foi estudada sob três recortes: o de adequação, quando as companhias inovam para se equiparar aos padrões do mercado; o de incremento, quando elas criam vantagens competitivas mirando nichos pouco explorados; e o de ruptura, quando organizações novas mudam as regras da competição de um determinado setor em vez de tentar vencer os rivais.


A DOM Strategy Partners cruzou os dados e informações colhidos e avaliou cada corporação com uma nota de 0 a 10. Abaixo, veja as 50 que mais interagem com o cliente de formas inovadoras: 

EmpresaNota
Apple9,08
Nespresso9,07
Chili Beans9,06
Hospital Albert Einstein9,05
Banco do Brasil9,04
Wine.com.br9,03
Netshoes9,02
Itaú Unibanco9,02
Cacau Show9,02
Multiplus9,02
O Boticário9,01
Whirpool9,01
Natura9,01
Bradesco9
BB Mapfre8,99
Coca-Cola8,97
Nestlé8,93
P&G8,88
Dilletto8,84
Vigor8,82
Avianca8,82
Osklen8,81
Azul8,79
Habib's8,73
Beauty'in8,71
Mundo Verde8,68
Brigaderia8,65
Bauducco8,59
Zara8,59
Porto Seguro8,59
Kopenhagen8,59
Starbucks8,49
Fiat8,39
Bradesco Seguros8,23
Johnson & Johnson8,22
Centauro8,19
Urban Remedy8,14
Subway8,14
Saraiva8,13
Hospital Sírio Libanês8,13
Nike8,12
Sulamérica8,11
Caixa Econômica Federal8,11
UOL8,06
DPaschoal8,04
Netflix8,04
Chamma da Amazonia8,02
Google8
JBS Friboi7,99
Santander7,99